O Brasil tem a segunda internet mais cara do mundo,
de acordo com levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) feito em 15 países.
O estudo relaciona o preço médio da banda larga com a renda per capita da
população. A pesquisa mostra que o brasileiro precisa trabalhar 5,01 horas mensais
para pagar conexão à rede de 1 Mega Bits por segundo (Mbps). À frente de nós
está apenas a Argentina, onde os internautas pagam, em média, 5,15 horas. O
último colocado do ranking é o Japão, em que é preciso trabalhar 0,015 hora
para navegar.
O s cálculos foram realizados com base no relatório
The State of the Internet (da consultoria Akamai) e do Internet World Stats
Broadband Penetration (do Internet World Stats), com informações combinadas aos
indicadores econômicos fornecidos pelo Banco Mundial. A pesquisa indica que o
preço médio do acesso a uma velocidade de 1 Mbps no Brasil é de US$ 25,06,
cerca de R$ 50. Um dos responsáveis pelo levantamento, o economista Samy Dana
relaciona o alto custo às cargas tributárias no país, já que 40% do volume pago
no setor correspondem a impostos. Enquanto isso, no Japão, a taxa é de apenas
5%.
"De um lado, existe um governo que tributa
muito. Por outro lado, o setor tem poucas empresas, o que faz com que a
concorrência seja pequena para a dimensão que o país tem. Um setor de pouca
competição e com regulação ineficiente deixa o consumidor refém do preço. O
resultado é um serviço ruim e caro, que acaba sendo um entrave para o
desenvolvimento do país", diz o economista.
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