terça-feira, 26 de julho de 2011

Roberto "RECNão" diz que políticos sofrem de ‘bullying




O senador Roberto Requião (Rec Não), que tomou o gravador de um repórter da rádio Bandeirantes (em 26 de abril) e só devolveu o aparelho depois de apagar a entrevista que tinha dado, explicou no plenário ontem (27) o "porquê" (?) da irritação e disse que foi vítima de "bullying".

“Perdi a paciência e peguei o gravador do repórter porque o fiz: para que ele não editasse a entrevista. Acho que é momento correto pra resolvermos esse problema e acabarmos com abuso com esse verdadeiro bullying que sofremos nós os brasileiros, parlamentares ou não, nas mãos de uma imprensa, muitas vezes absolutamente provocadora e irresponsável”, declarou Requião.

A atitude de Requião é reprovável, ainda mais que o acesso a informação é um direito da sociedade e ninguém pode impedir o trabalho da imprensa, muito menos os detentores de cargos eletivos.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

A questão da violência – Um outro olhar


 Por Luís Carlos

Quando assistimos aos jornais, as notícias sempre falam de violência. Ao abrirmos os jornais e revistas impressos, a violência é destaque em quase todas as páginas. Na Internet, em seus sites e blog’s, as notícias de violência imperam.
Ao analisarmos a questão da violência, perceberemos que, muito mais grave do que o crescimento do número de mortes violentas, está o terrível sentimento de normalidade que domina a nossa sociedade frente à tragédia cotidiana.

Para compreendermos os motivos dessa banalização diante da violência, precisamos antes entender que boa parte da origem do problema reside na profunda e histórica injustiça social da nossa sociedade. Segundo o IBGE, significativa parcela da população vive em estado de profunda miséria, habitando em cortiços, favelas e guetos.

Isso, provavelmente, nos conduz à seguinte reflexão: “Como resolver o problema da miséria para que possamos reduzir a violência?” A resposta parece, pelo menos na teoria, bastante óbvia: distribuir renda.

Levanto essa questão para provocar uma associação quase que inevitável: Qual a relação entre a violência, a sua banalização na sociedade e a distribuição de renda? Se conseguirmos perceber que um dos grandes elementos geradores da violência é a profunda desigualdade social refletida na estatística do IBGE, poderemos perfeitamente começar a perceber que a violência cresce na mesma proporção em que cresce a fome, a miséria, o desemprego e a concentração de renda.

Isso faz com que as oportunidades sejam cada vez mais escassas em nossa sociedade.

Diante de tal situação, três fatores são importantes para nossa reflexão. O primeiro refere-se a onde a violência predomina mais. As periferias e os bairros mais afastados dos centros das cidades são grandes bolsões de pobreza e miséria, onde as pessoas buscam sobrevivência. Quem nasce e vive nessas localidades são vítimas do preconceito social, pois impera a falsa ideia de que essa população é composta de pessoas “perigosas”, propensas à desordem e ao crime. Isto é uma mentira que a grande mídia e a ideologia dominante nos pregam.

Os habitantes desses locais são os desfavorecidos da sociedade, pois nelas o poder público não investe nos direitos necessários à vida digna: educação, saúde, saneamento básico, segurança, etc. Quando os órgãos de segurança vão a esses guetos, ao regressar deixam um saldo de violência pior do que o encontrado anteriormente. A presença da polícia é sinônimo de ameaça, porque vai entrar em conflito com as gangues e neste conflito, as maiores vítimas são as pessoas e as famílias que não têm ligação com o crime organizado, como por exemplo, é o de inúmeras vítimas de bala perdida.

Os poderes constituídos, tem se mostrado incapazes de enfrentar essa calamidade social. Pior que tudo isso, é constatar que a violência existe com a conivência de grupos das polícias, representantes do Legislativo de todos os níveis e, inclusive, de autoridades do poder Judiciário. A corrupção, uma das piores chagas brasileiras, está associada à violência, uma aumentando a outra, faces da mesma moeda.

As causas da violência são associadas, em parte, a problemas sociais como miséria, fome, desemprego. Mas nem todos os tipos de criminalidade derivam das condições econômicas. Além disso, um Estado ineficiente e sem um sério programa de política pública de segurança, contribui para aumentar a sensação de injustiça e impunidade, que é, talvez, a principal causa da violência.

Em um Estado democrático, a repressão controlada e a polícia têm um papel crucial no controle da criminalidade. Porém, essa repressão controlada deve ser simultaneamente apoiada e vigiada pela sociedade civil.

A solução para a questão da violência no Brasil envolve os mais diversos setores da sociedade, não só a segurança pública e um judiciário eficiente, mas também demanda com urgência, profundidade e extensão a melhoria do sistema educacional, saúde, habitacional, oportunidades de emprego, distribuição de renda, dentre outros fatores. Requer principalmente uma grande mudança nas políticas públicas e uma participação maior da sociedade nas discussões e soluções desse problema de abrangência nacional.

Sendo assim, se não há segurança pública, o crime organizado se enraíza e domina a vida do povo e da sociedade.
O segundo fator refere-se à situação dos jovens: muitos não estudam, nem trabalham; são negros, mestiços e a maioria é analfabeta ou analfabeto funcional; não têm acesso ao lazer, nem a cultura. A cultura que conhecem é a do boteco e da violência. Como exigir desses jovens integridade moral ou ética se seus direitos são vetados ou desrespeitados? Sem condições mínimas de vida, os jovens ficam sem alternativas e entregam-se à prostituição, às drogas e outras formas de violência. Isto é quase que inevitável.

Diante dessas condições de exclusão, estar entre os 12 e os 29 anos é atravessar uma fronteira de incertezas: Educação ou Abandono? Oportunidade ou Desemprego? Vida ou Morte? Quando se trata de juventude, a Bahia não é a terra de todos os santos, mas de todos os temores e apreensões diante de um futuro altamente duvidoso.
Até quando?

O mercado de trabalho não vê com bons olhos e não acolhe os jovens oriundos de determinadas localidades, porque o preconceito e a falta de profissão não permitem.

Os jovens encortiçados, favelados, moradores dos guetos não correspondem às exigências do “Deus Mercado”, que exige deles “boa aparência” e preparo técnico-profissional. Por isso, é de ficar perplexo com a ignorância daqueles que assistem à violência pela TV, em sites, blog’s e jornais impressos e afirmam: “A polícia tem que matar mesmo. Esses jovens não querem nada com a vida”. Quem assim se expressa engana a si próprio ao pensar que não é violento. Como posso afirmar que sou contra a violência se desejo a morte daqueles que são vítimas da violência?... Se não há políticas públicas de defesa e promoção da juventude, os bairros periféricos continuarão sendo verdadeiros produtores de marginais para a sociedade.

O terceiro fator refere-se aos investimentos dos Governos em políticas de segurança. Apesar de se discutir tanto sobre o problema da violência, nossos políticos, em sua maioria, ainda pensa que o problema está na falta de policiamento e de ações repressivas por parte dos órgãos de segurança.

A compra de armamentos eficientes, a construção de presídios, os investimentos na qualificação dos policiais, a aquisição de novas viaturas, o aumento dos salários das polícias etc., certamente são ações urgentes e necessárias, mas não resolvem o problema da violência. Tais ações não intimidam o crime organizado, antes o estimula a ser mais estratégico e eficiente.

A repressão controlada e a polícia têm um papel crucial no controle da criminalidade, porém a solução está na promoção da dignidade humana, que passa pela educação, pela cultura, pelo prazer da leitura, pela saúde, pela moradia digna, pelo trabalho, pela boa alimentação, pelo lazer, pelo saneamento básico, pela segurança, etc.

Quando o cidadão não tem esses direitos assegurados, termina por enveredar para o crime, porque pensa encontrar nele a solução para seus problemas, isso é fato. O jovem desempregado quer dinheiro para prover suas necessidades básicas, comprar um tênis da moda, um bom corte de cabelo... Se o trabalho, que é um direito, lhe é negado, como conseguirá suprir suas necessidades e a vaidade típica da idade? Então, os que não conseguem resistir às tentações do tráfico, terminam por comercializar as drogas para sobreviver.

domingo, 24 de julho de 2011

"Democracia Omissa"

fonte: Oestemaquia - por Márcio Carvalho

Alexis de Tocqueville foi um grande pensador político francês do Século XIX. Em seu livro Democracia na América, repleto de análises que continuam pertinentes e atuais, o autor externa a preocupação a respeito da ausência do povo nos negócios do governo. O maior receio futuro de Tocqueville é a omissão dos cidadãos em favor de um poder tutelar – e o fato de que os representantes deste poder sejam eleitos não altera coisa nenhuma...

Das cidades nas quais morei, Barreiras é aquela na qual mais se fala sobre política nas ruas; entretanto, posso afirmar que é aquela na qual o povo é menos politizado. Paradoxo? Não. Fala-se muito sobre política, mas se age pouco em termos políticos concretos.

Quando uma rua é asfaltada (raro!) foi "a" prefeita. "Jaques Wagner" não apóia a região oeste. O asfalto da rodovia é responsabilidade de "Dilma". Nunca se fala nas instituições, apenas nas pessoas. E a personalização das questões retira delas seu conteúdo político, uma vez que passa a se tratar de questões pessoais; desta maneira, inviabiliza-se a ação política coletiva, visando influenciar o processo de tomada de decisões destas instâncias, para que levem em consideração os interesses de importantes setores da sociedade civil.

Isto significa que deveríamos ter como horizonte uma democracia totalmente direta, em que todas as decisões são tomadas em assembléia? Poderíamos imaginar que, desta forma, os interesses majoritários da comunidade seriam atendidos. Minha resposta é: nem sempre. Vou me apoiar em outro filósofo para prosseguir o argumento, Bertrand Russell (no livro Poder: Uma nova análise social): "A Democracia como método de governo está sujeita a algumas limitações que são essenciais... [as quais] surgem principalmente de duas fontes: algumas decisões têm que ser rápidas e outras exigem conhecimento especializado"

Comecemos com a velocidade: não é possível chamar uma assembléia ou plebiscito a cada decisão a ser tomada em sua instituição, universidade, município, estado ou país. Algumas questões precisam ser abordadas de imediato; o planejamento de qualquer ato de gestão se torna impraticável sem que haja um direcionamento central que possa resolver divergências entre os diferentes interesses que se apresentam em qualquer comunidade.

Quanto à especialização, há questões que devem ser decididas tecnicamente. Não seria prudente realizarmos um plebiscito a cada mês para saber se a população acredita ser melhor aumentar ou diminuir a taxa de juros, pelo simples motivo que a maioria de nós não tem capacidade técnica para analisar a economia nacional e tomar esta decisão. Uma assembléia não deveria ter o poder de desconsiderar um parecer técnico expedido por especialistas numa determinada área (deveria poder, sim, pedir a opinião de outros especialistas).

Quando não se leva estes fatores em consideração, temos uma forma degenerada de democracia, uma democracia "de fachada", um assembleísmo que tende a desorganizar o planejamento e as atividades necessários para gestão. Diga-se de passagem, assembleísmo populista, pois o povo fica feliz achando que participa das decisões, sem perceber que está, na verdade, partilhando a responsabilidade pela ineficiência.

Voltando a Russell, "devido a estas limitações essenciais, muitos dos assuntos mais importantes têm que ser confiados ao governo, pelo eleitorado". Institui-se, assim, uma instância executiva, que precisa lidar com o funcionamento cotidiano, a gestão mesma de uma organização, e uma instância "legislativa", que pode realizar planejamentos de mais longo prazo. Cabe lembrar que esta última pode funcionar como assembléia (participação efetiva de todos) ou ser representativa.

Qualquer que seja o caso e com respeito a ambas as instâncias, voltamos àquela preocupação inicial de Tocqueville: não basta votar em alguém e se retirar do cenário. Isto não vai contra a afirmação de Russell que abre o parágrafo anterior, pois mesmo naqueles assuntos em que a decisão deve ser tomada sem consulta à população, gestores e governos devem prestar contas por assumir tal ou qual postura.

A solução necessária é a "liberdade política", definida por Gerard Lebrun (em O Que É Poder) como "a participação efetiva dos cidadãos nos negócios públicos. Só ela pode impedir a atomização do tecido social que favorece o despotismo". Esta participação se dá pela ocupação efetiva de espaços políticos e públicos. Não basta ficar nas mesas de bar, calçadas e corredores reclamando dos gestores (personalismo): temos que nos mobilizar e reivindicar nossos interesses, quando não for possível atingi-los por nós mesmos. Foi o que a comunidade UFBA fez no ano passado (vejam post de Wagner Teles sobre o caso).

Um interesse importante em nossa cidade é que as instâncias descritas acima sejam efetivamente independentes, de forma a que uma possa fiscalizar o funcionamento da outra; em outras palavras, a Câmara dos Vereadores não deveria ser mero apêndice do Executivo Municipal. Este espaço pode ser ocupado pela população, seja individualmente cobrando seus Vereadores, seja organizando movimentos para mobilizar a Câmara como um todo, ou ainda participando em todas instâncias em que tem representação e voz.

Lembrem-se, apenas, que estes espaços não são dados: precisam ser conquistados.

Um mero detalhe

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Prefeita de Barreiras mantém "fantasma" em Brasília

Baiana, Maria Catarina Pereira Santos é a atual administradora do Taguaparque, localizada na região de Taguatinga. Foi nomeada para o cargo de assessor especial de gabinete, símbolo DFA-12, em 25 de janeiro deste ano, no governo do Novo Caminho de Agnelo Queiroz.

Até aí, nada demais. No entanto, ela também ocupa o cargo de assessora especial de gabinete na Prefeitura Municipal de Barreiras-BA, símbolo NH3, na administração de sua colega, a prefeita e ex-deputada federal Jusmari Oliveira (DEM). O ato de nomeação na Prefeitura é de 05 de julho de 2010. Portanto, há pelo menos seis meses ela vem acumulando os dois cargos públicos, situação vedada pela Constituição Federal.

Maria Catarina vem dando expediente normal na Administração Regional de Taguatinga. Já na Prefeitura de Barreiras, ela apenas recebe os seus vencimentos no final do mês sem a obrigação de comparecimento no seu local de trabalho, tendo o seu ponto abonado pela prefeita amiga.
Com o acúmulo dos cargos, a servidora “fantasma” tem um ganho salarial mensal de 6 mil reais mensais, somando os dois vencimentos. Pesquisando, todos os Diários Oficiais da Prefeitura, da data que a servidora foi nomeada, ou seja, em julho de 2010, até o presente momento não consta nenhuma exoneração do cargo em seu nome, indicando o acúmulo dos cargos.

Maria Catarina, já ocupou por um mês o cargo de assessora de gabinete da Secretaria de Saúde, em 2007, na administração de José Roberto Arruda. Depois não há notícias de uma nova lotação. Em seu nome, consta que ela possui três endereços em Brasília: uma casa na QSA 17, Taguatinga; uma casa na SHIN QI 09, Lago Norte e; uma chácara no Núcleo Rural Saia Veia, em Santa Maria. Resta saber, qual o nome do padrinho político responsável pela nomeação da “fantasma” na Administração de Taguatinga...

Fonte: Brasília em OFF

Veja abaixo a publicação no diario Oficial de Barreiras

sexta-feira, 18 de março de 2011

Greve dos professores, o impasse aumenta


Por Luís Carlos com informações do SINDSEMB e DIRCOM

Em Assembléia ontem (17), no auditório da UNEB, os professores em greve, decidiram não participar da reunião de hoje, (18) com a comissão de representantes da prefeitura.
A alegação é de que os secretários do municipio e o procurador geral do municipio, Jaires Porto, não tem autonomia suficiente para tomar decisões. “Os professores estam dispostos a negociação, tanto é que antes da decretação da greve, por seis vezes procuramos a prefeita. A responsável pela administração é a prefeita, ela está se omitindo, repassando responsabilidades a quem se reporta a ela para pedir autorizações. Queremos num ambiente democrático debater pessoalmente com Jusmari,” disse o presidente do SINDSEMB.

terça-feira, 15 de março de 2011

Está na mesa – Sopa de Letrinhas

Por Luís Carlos – fontes: CEOF/SAD/TSE


O ano era 1989. Eu, um adolescente de 16 anos afoito com meu título na mão querendo depositar meu primeiro voto.
Vinte e dois anos se passaram e o Brasil vive a expectativa de ruptura importante no quadro partidário, patrocinada pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM). Líder de um grupo que pode vir a dar origem ao PDB – “Partido da Decepção Brasileira”.

A partir de agora, nada de somente PT, PSDB, DEM ou PMDB reinarem na Pátria Amada Brasil. Para bem lhe atender, não é mais necessário consultar o cardápio, o prato, goela abaixo,  é sim a “Sopa de Letrinhas!!!”

Num futuro bem próximo, eleitores mais à direita poderão votar no MIB (Movimento Integralista Brasileiro), os mais rebeldes esquerdistas terão a possibilidade de optar pela LBI (Liga Bolchevique Internacionalista) ou pelo PCR (Partido Comunista Revolucionário). Os de espírito mais alternativo poderão depositar suas esperanças no Partido Pirata. Se o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aprovar a fundação das novas legendas, o Brasil pode chegar a 58 partidos, ante os 27 que existem atualmente. Trinta e uma novas agremiações aguardam a oportunidade de se tornar partidos.

Li um texto num blog da região oeste da Bahia com o seguinte título: “O QUE HÁ ENTRE KASSAB, OTTO E ZITO?
A resposta é a seguinte: tudo e nada. O que há em comum é a ambições de se perpetuar no poder. Em que ,os pensamentos empoeirados e saudosistas da "Memória das Trevas" podem acrescentar? Em que, novos partidos melhoram a vida das pessoas? Só conheço uma coisa dentro da política ideológica, o “Santo e Sagrado Trino”. Esquerda, centro e direita. Tem mais que isso? O resto é balela!!!

Voltando ao prato frio, os partidos políticos estão cada vez mais afastados da sociedade civil e a principal questão que se coloca ao cidadão eleitor será descobrir quem, dentro dessa cumbuca “sopídica letral”, tem propósitos de realmente representar setores da sociedade. E quem pretende comerciar seu espaço na TV e no rádio para partidos maiores ou se tornarem simpáticos e dóceis "papagaios de pirata", encarregando-se de atacar rivais na defesa de interesses de terceiros, em troca de cargos ou dinheiro.

Já temos um número exagerado de legendas, o que distorce o debate eleitoral e dá margem para todo tipo de negociações espúrias, alienígenas e sem sal.

Em pratos frios, é legítimo que a sociedade seja representada nos partidos por suas ideologias, na prática não é isso que ocorre. Muitos estão aí simplesmente para reforçar o fisiologismo e a partilha de recursos do Fundo Partidário.

Os novos partidos que venham a conseguir registro terão direito a dividir R$ 221.126.289,16 do Fundo Partidário (ver tabela abaixo), dinheiro que é repassado às legendas e ainda dispor de exposição na mídia apresentando falácias e dizeres.

sábado, 5 de março de 2011

O Carnaval e um grito de protesto

Não são todos que gostam da festa momesca. Prova disso está num grupo de jovens que todas as tardes se reunem na Praça das Corujas, centro de Barreiras. São Punk’s que se auto intitulam “Anarquistas”.
A redação do Caminho do Oeste, conversou com esse pequeno grupo que em pleno carnaval, e na terra do Axé, heroicamente, como eles mesmos dizem, “arrotam seus protestos.
Leia a seguir,  os depoimentos que registramos de 2 de seus integrantes.

Fotos e entrevista - Luís Carlos




Allysson, também conhecido como “Guariba”, tem 22 anos e é estudante de direito.
Najla, 17 anos, é secretária em uma  faculdade de letras.






CO
– Vocês não acham uma contradição ser Punk na Bahia e ainda mais numa cidade do interior?

Allysson
– Não existe contradição alguma por nossa parte. Contraditória é essa sociedade preconceituosa.

CO
– Preconceito? Vocês já sofreram algum?

Najla
– Sim, e não foram poucos! Somos um movimento autônomo e avesso ao modismo. Por falta de alternativas, a praça das corujas virou nosso point. Somos marginalizados, muitos não aceitam por sermos como somos. Gostamos de roupas pretas, nosso som é pesado, e são de protesto. Por diversas vezes a polícia nos revista, nos marginaliza.

CO
– Allysson, você se auto intitula “Anarquistas” , não existe contradição em você ser estudante de direito?

Allysson
– A sim, passo por conflitos internos, porém, já que vivemos em sociedade, vejo o direito como um ponto vasto no mundo do conhecimento. Foi através do estudo que aprendi que podemos sim, sermos o que quisermos e como quisermos.

CO
– Me falem um pouco mais sobre vocês e o movimento Punk de Barreiras
Allysson – Somos todos jovens, porém somos conscientes da imundice que é nossa sociedade. Ela é suja!

Najla – Somos rebeldes com causa, abominamos drogas, somos avessos ao crescimento econômico individual das pessoas. Tudo deve ser de todos, e ao mesmo tempo nada é de ninguém.

Allysson – Nosso movimento está espalhado por toda a região e é forte. Tem Punk em Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, Santa Maria da Vitória, Cotegipe, Correntina e Cristópolis.

CO - Estamos em pleno Carnaval, o que vocês acham dessa festa?

Allysson - Esses 4 ou 5 dias são de muita revolta e perturbação, o que vejo são idiotas alienados pulando, enquanto isso, uma minoria lucra alto com esse mercado da imbecilidade e da futilidade que alimenta a desgraça de um povo que se mata uns aos outros.
Já fomos chamados de gangue pela grande mídia local (gangue de preto), são ignorantes os que pensam assim. Somos um movimento social liberto e independente desse sistema burguês.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Prefeita é vaiada em lançamento do carnaval da saudade



fonte www.caminhodooeste.com.br Foto e texto
Luís Carlos
A prefeita de Barreiras, Jusmari Oliveira foi vaiada no ato de lançamento do Carnaval da Saudade na praça Landulfo Alves, centro histórico de Barreiras, pouco antes da meia noite. Ao lado do marido, o ex-prefeito de Luís Eduardo Magalhães e atual deputado federal Oziel Oliveira e da deputada estadual Kelly Magalhães, não se intimidou e deu seu recado, “Que morram os apaixonados, foi preciso alguém sem nascimento em Barreiras para construir moradias populares e esgoto na cidade.”

Vale lembrar o recente o caso do prefeito de Manaus, Amazonino Mendes.

Amazonino (PTB), prefeito de Manaus, cidade considerada como uma das mais tristes do país, e o município do estado do Amazonas com maior caso de dengue – cassado, em primeira instância, pela ilustríssima juíza Maria

Eunice Torres Nascimento, ao visitar a comunidade Santa Martha, na zona norte da cidade.

O prefeito cassado, mostrou que se encontra com muita dificuldade para lidar com a população carente da cidade.

A senhora Laudenice Paiva, de 37 anos, que pretendia construir uma casa na comunidade onde havia morrido uma mulher e duas crianças, devido a queda de um barranco, se enervou e cometeu duas atitudes inaceitáveis na chamada convivência das diferenças humanas. Atitudes jamais aceitáveis praticadas por uma simples pessoa, e muito menos por alguém que já foi governador do estado por três vezes, e prefeito da cidade por duas vezes.

O prefeito que iniciou sua carreira como biônico no fim da ditadura; portanto, com tempo de poder no Amazonas, junto com seus grupo ultraconservador, quase igual ao dos ditadores dos países árabes que o povo tanto tenta derrubar.

Leia trecho do motivo da cassação do Prefeito de Manaus

Amazonino – Vocês poderiam ajudar a prefeitura “não fazendo casas onde não devem”.
Senhora – “Mas a gente está aqui porque não tem condição de ter uma moradia digna.”
Amazonino – “Minha filha, então morra, morra!”
Senhora – “Então vamos morrer todos.”
Amazonino – “Você é de onde, de onde?”
Senhora – “Eu sou do Pará”
Amazonino – “Então pronto, está explicado.” (E deu às costas, caso encerrado para o prefeito que espera julgamento de seu processo de cassação definitiva pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O carnaval de todas as teorias


 
O carnaval é a festa popular mais teorizada do mundo. Filósofos, antropólogos, sociólogos e até matemáticos (acreditem!) há muito tempo procuram entendê-lo. Livros e mais livros se lançam na missão de traçar o que seria um perfil científico deste que é o maior e mais festejado evento brasileiro. Pois bem. Este texto, esclareço desde já, não pretende o objetivo almejado pelos teóricos de plantão. E a razão é simples: o carnaval não deve ser levado tão a sério; explicar o aquecimento global analisando as vestimentas dos foliões, por exemplo, é uma babaquice. Sendo assim, proponho uma análise bem mais simples, disposta somente a valorizar sem exagerar e a criticar sem menosprezar a mais importante festividade brasileira.

O carnaval é democrático, profano, simbólico, alegre e (rsrs) cultural (?). É a oportunidade em que todos se unem na buscam da diversão e do prazer, (garotas adolescentes formam filas, para distribuição de beijos); é a hora de pisar no “falso moralismo” e ver arte em belos seios, bundas murchas e rodondinhas a mostra; é o momento de expressar a criatividade, tornando qualquer bobagem numa grande e admirada bobagem; é o encontro da felicidade com o cansaço merecido e desejado; é a afirmação de uma cultura que resiste e se impõe; no carnaval é como se por alguns dias, esquecêssemos das roubalheiras dos nossos amados e sorridentes políticos, de suculentos lanches e quitutes servidos a nossa digna guarda municipal, da desigualdade social, da violência...; é como se vivêssemos no melhor dos mundos; no mais feliz de todos. 

Temos aqui o delírio mais intensamente comemorado do planeta. Que bom que, mesmo iludidos, temos a chance de sermos felizes de vez em quando. Nota 1.000 para o carnaval.

Mas o carnaval também parece ser para muitos um convite irresistível para a prática de atos irresponsáveis; é excesso admitido e louvado como um deus; é a permissividade atraente e provocante; é a contemplação do conformismo que nos nega a oportunidade de ver além dos abadas, dos blocos, dos trios elétricos. Em outras palavras, é como se fôssemos merecedores da felicidade apenas nos festivos dias da carne¹. No resto do ano, só nos resta à realidade; e essa, nem preciso dizer, não é lá tão encantadora. Por fim, o carnaval, infelizmente, é uma propaganda enganosa, uma vez que passamos para o mundo a ideia de que vivemos no país mais feliz e liberal do mundo. Que aqui o respeito pelas liberdades grassa sem qualquer obstáculo. Um país em que as pessoas têm medo de sair de casa ante a possibilidade de serem assaltadas, agredidas e até mortas por qualquer bobagem, não é obviamente o planeta sonho. Um país que vê sem susto alguns de seus representantes enchendo de dinheiro público em meias e cuecas, mas se sente horrorizado (só pra exemplificar) quando se depara com a possibilidade de ver a demonstração de amor entre um branco e uma negra, não é rigorosamente um país livre. É hipócrita.

Os méritos do carnaval não afastam as suas facetas claramente desastrosas. Eles devem, antes de tudo, ser mantidos e fortalecidos de modo a possibilitar a superação, ou ao menos a redução, das consequências negativas aqui retratadas.

Bandas que não representam nossa realidade cultural e local, levam sacos e sacos de  dinheiro, verdadeiros garimpeiro, que levam nosso ouro deixando somente o buraco escavado. Enfim milhões gastos em poucos dias, e isso não muda em nada a nossa triste realidade cotidiana... Saúde, educação, transporte público, esgotamento sanitário... nada muda, é o mesmo da mesmisse.

Mitificar o carnaval, embrulhando-o de uma seriedade inalcançável e sempre teórica, a fim de compreender tudo e todos, não ajuda em nada na consecução desse propósito. Melhor mesmo é valer-se do espírito crítico, prático e renovador que habita em cada um de nós. Este sim nos conduz ao amadurecimento que indiscutivelmente falta para lidar com a nossa maior festividade, viva a alegria!!!

1. Carnaval
Corruptela do latim "CARRVM NAVALLIS".
Na Antiguidade, os desfiles públicos oficiais eram restritos às conquistas guerreiras, recontatadas de forma alegórica, enquanto os desfiles festivos, eram de cunho religioso ou mitico, como as Satúrnias, que acabavam, inavariavelmente, em muito sexo (Por isso, essa confusão literal de "Festa da Carne").
Com o passar do tempo, houve fusões e influencias de outras culturas mediterrãneas, mas o sentido de "corso" e "desfile" se manteve, sempre com a presença dos "Carros Navais", mais tarde, denominados genéricamente de "Carros Alegóricos".
Classificação morfossintática: fonte web
- [carnaval] substantivo masculino singular .
Sinônimos: orgia, sensual, lacivo, concupiscente, folía, tríduo, putaria, promiscuidade, confusão generalizada, libertinagem .
Antônimos: serinidade, pureza do espírito do corpo e da alma enterro, velório, tristeza, moralidade, castidade, melancolia.
Palavras relacionadas: festival, folia, folguedo, bacanal, imoralidade, agnome, alfanúmero, antropônimo, codinome, cognome, comemoração, entrudo, epônimo, evchamol, feriado festa, natal, pentecoste, páscoa, prenome, pseudônimo, quaresma, revelhão, sobrenome tecnônimo, véspera, desfiles de blocos, alegria .

quinta-feira, 3 de março de 2011

"Fazer ou não fazer, eis a questão"

Fala da prefeita Jusmari reunida com a imprensa e diversos segmentos da sociedade civil organizada de Barreiras para fazer o lançamento oficial das atrações que comandarão a folia momesca deste ano. O evento aconteceu durante um café da manhã, no último sábado (26), no bar e restaurante Cais e Porto.



terça-feira, 1 de março de 2011

Isenção: Conversa pra boi dormir

Ligue para a redação de algum veículo de comunicação e pergunte: "a sua publicação é  isenta?" O camarada do outro lado vai jurar de pés juntos que SIM, e, para prová-lo, vai dizer: "Expressamos nossa isenção publicando textos das mais diferentes correntes ideológicas." Pronto. Segundo o cara, o veículo onde trabalha é isenta porque publica opiniões muito diferentes entre si. Em nome da pluralidade, é certo. Massss...Vocês acreditam nisso? Será que não há uma linha editoral ndirecionando um cert olhar? 

Ou seja, não será que, independentemente dos textos, o veículo de comunicação, por si só, não tem uma opinião muito própria, ainda que se proponha totalmente imparcial e isento?

Estou afirmando que desconfio muito desse papo de isenção. Isso simplesmente não existe. Querer maquear a linha editorial é um recurso questionável, porque esconde algo que deveria ser explícito. Pensem bem. Vocês acham legal ler um jornal (impresso ou on-line) para descobrir após vários meses que, no fundo, o jornal tem sim opinião e toma partido sim senhor?

Não é muito mais honesto que o veículo se apresente simplesmente como seu dono quer que ele seja? Da forma como vejo, trata-se de questão de honestidade. Se um meio de comunicação não é honesto com seus leitores, com quem mais ele o será? Ou seja, se um veículo oculta que possui sim linha editorial e ideológica é de se imaginar o mau-caratismo com que é gerido. O melhor é ser simplesmente honesto: "Aqui no veículo X trabalhamos segundo a ideologia da direita, pois assim manda o patrão, e eu, que sou empregado, simplesmente obedeço porque preciso do emprego para pagar minhas contas."
Simples, verdadeiro, honesto e objetivo, como todo veículo de comunicação social deveria ser.

Violência – Causas e Consequências

Desigualdades sociais extremadas com uma cultura altamente consumista, é igual a uma sociedade com elevados índices de violência e corrupção.



A matéria não pode nos causar espanto, é assunto corriqueiro. Todos os dias notícias semelhantes são publicadas Brasil a fora.
GAROTO DE 15 ANOS INVESTIGADO POR 20 MORTES EM SALVADOR”
 
Isso tudo é compreensivo, porém; o fato não pode justificar qualquer crime, mas entender que a utilização do sistema penal, polícia, prisões, etc... Para combater a violência não pode ter um efeito senão superficial, pouco eficaz, diminuto, na melhor das hipóteses (pois talvez ela até agrave o problema, dado o caráter seletivo desse mesmo sistema, que reforça a estrutura de concentração/exclusão). É preciso, pois, atacar a questão em suas causas.
 
Cremos e vemos que a maioria dos crimes é motivada pela busca do supérfluo, e não somente por necessidades básicas de sobrevivência. Isso se torna ainda mais verdadeiro à medida que o consumo do supérfluo se torna crescentemente vital à constituição da identidade social do indivíduo. Quanto mais consumista e desigual for uma sociedade, portanto, maior será o incentivo à criminalidade: se é preciso consumir bens caros para ter valor, poder e Status Sociedade (e inclusive para reconhecer a si mesmo como alguém de valor, a chamada alto estima), a enorme massa de pessoas excluída economicamente dessa possibilidade ficará fortemente tentada a procurar a via da violência – e da corrupção, umas de suas formas mais perversas – para conseguir obter os bens que lhe farão ser e sentir-se incluída segundo os padrões do sistema social hegemônico.
 
Não seremos hipócritas em dizer que não vou chamar a polícia se acaso eu for roubado. Temos plena convicção, isso não resolve o problema, ainda que prendam o malfeitor, outros crimes acontecerão. Acreditar que o sistema penal, assim como defendem lideranças políticas e empresarial da região oeste da Bahia, por exemplo, (seria ingenuidade ou má intenção?) é como supor que se pode fazer cessar uma enorme hemorragia usando-se um bandaid… Parece-nos falsa a ideia de que a grande causa da violência seja a impunidade: a da corrupção, dos crimes de colarinho branco, pode até ser, sim. 
 
Porém, para outros crimes, não, porque o fato é que muitos sabem até do alto risco de acabar morrendo – com tiro de um concorrente ou de policial – ao optar pela vida criminosa, tem ciência, em certos casos, que provavelmente terão uma vida curta… Lembrem-se do documentário Falcão: meninos do tráfico, no qual um menino traficante de drogas afirma: “Se morrer, nasce outro que nem eu, pior ou melhor. Se morrer, vou descansar“. Pondero, “o problema não só de impunidade…”.
 
É preciso, ir às raízes, pararmos de lutar com os galhos. Combater a concentração de oportunidades, poder e riquezas, garantir iguais direitos a todos, e construir uma nova cultura, alternativa ao consumismo hegemônico.
 
O que vemos é uma juventude perdida, onde ao invés de estarem curtindo um lazer agradável em uma praça, fazendo música, ou qualquer outra forma de lazer, o que lhes é ofertado como opção é o boteco, as drogas, eventos alienantes financiados com verbas públicas.
 
O nosso ensino escolar está destroçado, a cultura é pouco difundida, o lazer inexiste em nossa região.
 
Outra questão também, refere às baixas remunerações, uma mãe (só para exemplificar), que trabalha como doméstica, muitas vezes limpa quadros, vasos e utensílios que ela jamais ousa sonhar em possuir, tamanho é o valor dos objetos. Isso tudo é uma constatação importante, uma vez que isso, cremos é grave, pois muitos filhos ao perceberem tal situação, também veem que no tráfico de drogas ou na prostituição os seus proventos podem ser muito superiores.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

A Divina Piada Humana



Nossa animalização é um fenômeno que pode ser abordado por diferentes olhares. Desde a consideração do homem que é animalizado por realizar atos não humanos até àqueles que são tratados pela sociedade como animais, passando pela animalização na forma de fábulas ou das histórias em quadrinhos.

Quando livremente nos animalizamos por nossos próprios atos, somos considerados doentes perante a sociedade. Neste caso, a síndrome que nos acomete merece cuidados especiais (vai falar com o titio rsrs). 

Quando somos animalizados pela sociedade, somos excluídos, e merecemos o resgate de nossa dignidade.

Quando nos superestimamos, somos arrogantes e prepotentes, não somos os seres mais valiosos da natureza. Se tomarmos como critério nossa forma biológica, anatômica, a independência do existir, somos inferiores inclusive às plantas que ocupam o cume da independência dos seres vivos (é aquele papo da fotossíntese).

Dentro do reino animal, somos os mais dependente de todos. Se o valor vital fosse à única medida a considerar, seria preciso reconhecer que somos animais doentes.

Nossa fragilidade é obvia: nosso sentido de olfato é dos menores, a proteção natural contra o frio é praticamente inexiste, etc. Ao nascermos, somos a espécie animal doméstica que mais precisa de atenção, e por longo período, quando comparado com os demais mamíferos.

Nesta fase, nosso choro é a única forma de comunicação. Com os outros animais, a coisa é diferente. Logo que nascem, os filhotes começam a caminhar, e em poucos meses tem os mesmos hábitos, inclusive alimentares, dos pais.

Nossas crianças dependem dos pais; enquanto adolescentes (aborrecentes rsrs), ainda convivem com os pais. A maturidade, às vezes custa a chegar (muitas vezes passa batido kkkk), e a velhice, não tarda, e nessa fase via de regra, temos mais necessidades e doenças do que autonomia e cura.

Conceito de animalização
O Dicionário Aurélio traduz animalizar como sinônimo de tornar bruto, embrutecer, bestializar.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Vídeo exclusivo - Entrevista do Secretário de Justiça ao Cala Boca Já Morreu

Inaugurado Núcleo de Apoio às Penas e Medidas Alternativas em Barreiras

Foi instalado nesta quinta feira (24), com a presença do Secretario da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Estado da Bahia (SJCDH), Almiro Sena,o Núcleo de Apoio e Acompanhamento às Penas e Medidas Alternativas do município de Barreiras.
 
A núcleo atenderá os municípios de Angical, Baianópolis, Barreiras, Buritirama, Catolândia, Cotegipe, Cristópolis, Formosa do Rio Preto, Luís Eduardo Magalhães, Mansidão, Riachão das Neves, Santa Rita de Cássia, São Desidério e Wanderley.
 
O local servirá para o acompanhamento da execução de penas e/ou medidas alternativas aplicadas pelos órgãos do Poder Judiciário do Estado a réus não reincidentes em crime doloso, que tenham cometido delitos sem violência ou grave ameaça, com sentença de até quatro anos, nos crimes dolosos (com intenção) ou crimes culposos (sem intenção).
 
O coordenado do núcleo, Dr. Vivaldo Mota, afirmou que o núcleo é de extrema importancia para a região, “a punição penal tem a função de reintegrar o indivíduo na sociedade, não torná-lo nocivo e gerador de violência. Existem muitos caminhos a serem seguidos, hoje temos as penas alternativas que muito podem contribuir para a regeneração do indivíduo à sociedade”, disse o coordenador.
 
Os crimes, ao longo dos tempos, vêm sendo punidos com efetivo rigor. Na Antigüidade existiam os suplícios e as torturas físicas, hoje com o passar do tempo, as coisas não mudaram tanto, ocorre a degradação física e moral do indivíduo, presos que praticaram crimes menores (como o roubo de uma lata de leite para matar a fome de filhos) onde os mesmos saem dos presídios com pós-graduação em crime e violência.
 
Esperamos que sejam adequadamente aplicadas as penas alternativas, e que as mesmas sejam como um instrumento bem mais fácil e eficiente que a pena de prisão para controlar a criminalidade, pois; além de ser mais humana e barata, não envolvem somente o condenado, mas também a sociedade na responsabilidade da reinserção social do condenado.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Tálio - Morte ou Progresso?



O alvoroço se instalou no país com a recente notícia da descoberta do metal Tálio em terras Barreirenses. Todas as mídias, grandes e pequenas, nacionais e até internacionais, noticiam “Metal raro é descoberto na Bahia”.

A descoberta, segundo informações, foi feita pela empresa Itaoeste Serviços e Participações, que tem como sócio majoritário Olacyr de Moraes, que já foi o maior produtor individual de soja do mundo, que o tornou conhecido como "Rei da Soja", pioneiro deste cultivo na região de cerrado e dono da Fazenda Itamarati (Em 2004 foi vendida ao INCRA, para assentamento de reforma Agrária). Foi também mega produtor de cana-de-açúcar e etanol, presidente do extinto Banco Itamarati (vendido ao BCN, após foi adquirido pelo Bradesco) e a empreiteira Constran.

Segundo a Revista Isto É – Dinheiro em sua edição nº 365 de setembro de 2009 afirma que: “Aos 74 anos, Olacyr de Moraes acaba de fechar um negócio de R$ 165 milhões, talvez o último de sua longa trajetória empresarial”.

As opiniões se dividem, as especulações são gigantescas acerta da descoberta. De um lado, muito falasse que a descoberta alavancará o desenvolvimento do oeste da Bahia com geração de novos empregos, chegada de novas empresas, crescimento econômico e social, até que parte dos lucros deva ser revertida para causas sociais a exemplo do pré-sal. De outro lado defende-se que o país não deve entregar suas riquezas ao capital privado, “o estado deve controlar o metal pois é um bem coletivo e dos brasileiros”.

Fico a observar, na minha humilde condição de leigo, creio de muito há que se esclarecer. É fato sim, que esse metal raro pode trazer desenvolvimento ao país e a Barreiras. Mas a que custo? Como? O metal sendo descoberto em área da união pode ser explorado por empresários? A sociedade como vê a possibilidade?

São muitos os questionamentos, fico a analisar. Pesquisando na internet, encontramos muitas informações.

O Grupo de produção de conteúdos de Química , do Instituto Superior Técnico coordenado por António Maçanita, Professor Catedrático - Departamento de Engenharia Química e Biológica publicou em seu site, descrição sobre o Tálio.
O tálio é um metal pesado cuja aparência faz lembrar o chumbo”. No entanto, é muito mais macio e maleável que este podendo até cortar-se com uma faca.
Este elemento pertence ao 13º grupo da tabela periódica e o seu símbolo químico é Tl. À temperatura ambiente, é um sólido branco prateado e quando em contacto com a chama de um bico de Bunsen produz uma chama verde. Esta cor verde característica esteve na origem do nome tálio, que vem do grego, thallos que significa “galho” ou “rebento”.

Não é um elemento escasso na natureza. A sua ingestão, no entanto, é problemática, mesmo em pequenas concentrações, uma vez que se vai acumulando, ao longo do tempo, no corpo humano. A sua assimilação é frequentemente consequência duma alimentação natural uma vez que este elemento se encontra presente em muito vegetais”.

Não desempenha qualquer função biológica positiva, sendo, pelo contrário, conhecido como extremamente tóxico e carcinogénico.

Um dos seus compostos, o sulfato de tálio, é bastante conhecido como um potente veneno pelas suas propriedades especiais (não tem cheiro, não tem cor, não tem sabor e é solúvel em água).
A Revista Super Interessante da Editora Abril, em matéria, classifica o Tálio como sendo elemento da morte.
Dentro do nosso corpo, os íons de Tálio “se fazem passar” por potássio – elemento essencial para o organismo. Eles se instalam nas células, cujo funcionamento é prejudicado. Isso ocorre principalmente no sistema nervoso: o resultado é insônia, depressão profunda e desejo de morrer. O Tálio também ataca os testículos e o coração, e causa paralisia muscular. Como o envenenamento por Tálio é muito raro e seus sintomas se confundem com os de outras doenças, é comum que os médicos façam "n" exames e não consigam identificá-lo. Foi isso o que ocorreu com uma menina de 19 meses atendida, em 1977, no hospital Hammersmith de Londres. Por sorte, havia na equipe uma enfermeira que lera o romance O Cavalo Amarelo, de Agatha Christie”.

O Wikipédia, tem material que diz: As aplicações comerciais do tálio e dos seus compostos são muito limitadas, sendo que o tálio metálico não encontra aplicações.
"O inodoro e insípido sulfato de tálio foi extensivamente usado no passado como veneno de ratos e formigas. Nos Estados Unidos e outros países não é mais permitido devido a questões de segurança. Outros usos:
•             O sulfeto de tálio muda sua condutividade elétrica quando exposto a luz infravermelha, consequentemente é um composto útil para a fabricação de fotocélulas.
•             Cristais de brometo e iodeto de tálio foram usados como materiais para dispositivos ópticos para infravermelho.
•             óxido de tálio foi usado para produzir vidros com elevados índices de refração.
•             usado em materiais semicondutores para retificadores de selênio.
•             usado em equipamentos para a detecção de radiação gama.
•             como líquido de alta densidade é usado como flutuador para a separação de minerais.
•             a liga tálio-chumbo é usado em alguns tipos de fusíveis.
•             usado no tratamento de infecções de pele. Entretanto, este uso foi limitado devido a margem estreita que existe entre a sua toxicidade e o benefício terapêutico..
•             O radioativo Tl-201, na forma de cloreto de tálio, é usado em medicina nuclear para diagnosticar doenças coronárias e para a detecção de tumores.
•             combinado com enxofre ou selênio e arsênio, o tálio foi usado na produção de vidros de alta densidade com baixos pontos de fusão, entre 125 e 150 °C.
•             O acetato de tálio é empregado em meios de cultura juntamente com a penicilina para isolamento de micoplasmas, as menores bactérias de vida livre existentes.
Além disso, pesquisas com o tálio estão sendo desenvolvidas para desenvolver materiais supercondutores em elevadas temperaturas para aplicações como imagem de ressonância magnética, armazenamento da energia magnética, propulsão magnética, geração de energia elétrica e transmissão".

Fiz essas poucas exposições no intuito de colaboração com o debate, porém; csalutar uma importante ponderação, sendo a descoberta da jazida no Rio de Ondas, rio que integra a bacia do Rio Grande, um dos mais importantes alimentadores do Velho Chico, não estaria a extração de tal metal nobre comprometendo a transposição do Rio São Franscisco, uma vez que seja autorizada a exploração?

Ao que sabemos, a transposição do São Francisco tem como objetivo saciar a sede de grande número de pessoas e também para a produção de alimentos.

E se esse elemento, supostamente cancerigêno e mortal contaminar nossas aguas?

Como disse anteriormente, tudo não passa de uma grande incógnita, cabe agora, ao poder público, técnicos da área e sociedade civil, virem a público.

Luís Carlos dos Santos Nunes
Comunicador Social

Fontes: Revista Super Interessante, Instituto Superior Técnico, Wikipédia, Revista Isto É -  Dinheiro

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Internet - A revolução anunciada?

Nada foi tão poderoso e revolucionário quanto a escrita. Ela causou modificações sem precedentes em nossa sociedade.
 
Foi através da escrita, que se pode organizar todo o raciocínio e a compreensão do mundo. Surgiram a fala, a matemática, a ciência, a informática e por fim, uma nova linguagem, a Internet...
 
A televisão mostra aquilo que não podemos ver fisicamente, mas através dela, como uma extensão de nossos olhos. O rádio trouxe as notícias das quais não tínhamos conhecimento, como uma extensão dos nossos ouvidos. O telefone nos permitiu levar a voz a uma distância infinitamente maior do que jamais se havia sonhado. E assim, cada mídia representou uma extensão de uma capacidade natural dos seres humanos.
 
A Internet, no entanto, proporciona a extensão de várias capacidades naturais. Não apenas podemos ver as coisas que nossos olhos naturalmente não vêem, mas podemos interagir com elas, tocá-las em sua realidade virtual, construir nossos próprios raciocínios não lineares em cima da informação, ouvir aquilo que desejamos, conversar com quem não conhecemos, divulgar nossas ideias. Fundamentalmente, podemos interagir com o que quisermos.
 
Além disso, a Internet apresenta uma convergência de mídias. No computador já é possível assistir televisão, ouvir rádio ou ler jornal, livros... Enfim, todas as mídias tradicionais em uma única. Logo, enquanto usuários da Rede, cada indivíduo é um emissor massivo em potencial. Pode difundir mensagens e ideias através de e-mail, chats ou mesmo em listas de discussão, websites e blogs. Pode difundir sua música através da gravação da mesma em um formato que seja manipulável através da  internet. Pode gravar um vídeo em uma câmera digital ou celular e divulgá-lo. Enfim, as possibilidades são inúmeras. Cada indivíduo é um emissor e um receptor simultaneamente na Web.
 
Uma das características mais marcantes da influência de um meio de comunicação nas sociedades é a reconfiguração dos espaços percebidos por esta sociedade. Isso porque a comunicação reduz as distâncias e permite que as pessoas aproximem-se. Não em uma perspectiva física, obviamente, mas em uma perspectiva de percepção. Com a Internet essas distâncias tornam-se mínimas. Isso porque agora não é só possível apenas ter "acesso" a informações de lugares distantes. É possível também alterá-las, confronta-las e reformulalas.
 
Além disso, a organização da própria informação no ciberespaço faz com que a noção de território que permeou nossas ideias por séculos seja atropelada.
 
A Internet propicia uma comunicação entre muitos e para muitos. A internet é ferramenta poderosa que pode proporcionar um futuro democrático para a humanidade. Oras, a ideia da "democracia eletrônica" não é de todo impossível e utópica. Se de um lado a Web oferece efetivamente a chance, ao cidadão comum, de articular-se com outras pessoas através de seus campos de interesse, de outro, este acesso ainda é um tanto o quanto restrito e mal utilizado. E a ideia tem recebido críticas ferrenhas, estruturadas sobre dois aspectos fundamentais: a Internet como fruto do capitalismo não poderia opor-se a ele; e o acesso a Internet não é democrático, especialmente para um país do chamado Terceiro Mundo, como é o caso do Brasil.
 
O que realmente nos indigna, é que, mesmo com todo esse potencial de promoção de um mundo melhor, a inércia impera.
 
Vê-se uma juventude ainda engajada em antigas formas de luta, não que não sejam válidas. Precisamos parar de lutar com os galhos, é preciso ampliar nossas visões. O foco deve ser a raiz do problema, e nada como a informação, nada como agirmos como formiguinhas, produzindo textos, vídeos, fotos e divulga-los através de sites e blogs.
 
A sociedade, principalmente a juventude, precisa despertar do sono da ingenuidade.
Pouco adianta nos tempos atuais, ficar jogando pedras na Rede Globo e na grande mídia. Um pequeno grupo articulado com o mesmo objetivo pode sim colaborar para as transformações necessária na sociedade, buscando democracia e uma distribuição de renda que seja menos ampla entre elas.

Resta saber ainda o quanto essa revolução (internet) poderá atingir o nosso futuro. Só depende de nós.